27.5.09

Porcos

Os porcos são animais sociáveis, leais e inteligentes. Se lhes fosse dada a oportunidade conviveriam com o homem como o faz qualquer outro animal de estimação. No seu ambiente natural vivem em pequenos grupos liderados pelas fêmeas formando laços de amizade muito complexos, organizados e protegendo-se uns aos outros. São, ao contrário do que se pensa animais muito asseados, utilizando a lama com que se banham como acto de higiene e bem-estar. Possuem um capacidade olfactiva enorme por isso têm a necessidade extrema de usar o nariz para contactarem com outros indivíduos e de explorar o seu meio ambiente. O nariz é uma autêntica janela para o mundo. As fêmeas são mães cuidadosas, caminhando muitas vezes muitos quilómetros para encontrarem espaços isolados e seguros onde possam construir um ninho para ter as crias. Os leitões podem ficar com a progenitora até atingirem a maturidade sexual, que acontece entre a 8ª e 10ª semana, mas muitos mantêm-se aos cuidados até cerca de 17 semanas. O contacto com as crias é feito através de uma quantidade de sons com significados diferentes. Durante a infância e juventude, mas também em adultos procuram brincar o que estimula a sua inteligência e sociabilidade.
Os porcos que vivem em unidades pecuárias não conseguem desenvolver os seus comportamentos naturais. Os leitões são habitualmente separados das progenitoras entre a 2ª e 4ª semana de vida. As caudas são amputadas para evitar a auto-mutilação e impedir que mordam as caudas uns dos outros – um comportamento de frustração que os porcos expostos ao stress mostram e que resulta das péssimas condições de vida em que são mantidos. Os machos são castrados e as extremidades dos dentes é limada, tanto nos recém nascidos fêmeas como machos, sem lhes ser ministrado nenhum analgésico para os aliviar do sofrimento. As fêmeas são mantidas em espaços exíguos onde mal se conseguem mexer e muito menos virar e continuamente são engravidadas até serem abatidas. Os machos são mantidos em celas separadas onde lhes é retirado o sémen. No matadouro são mortos por sangria, depois de terem sido electrocutados para ficarem atordoados. Como se trata de um método muito ineficaz muitos porcos são atirados ainda vivos para dentro de água a escaldar, que serve para retirar os pelos e amaciar a pele. Quando são mortos os machos têm cerca de seis meses de vida.
No homem a ingestão da carne de porco ou seus derivados aumenta as chances de se desenvolverem doenças mortais tais como doenças cardíacas, diabetes, artrites, osteoporose, Alzheimer, asma e impotência. A probabilidade da taxa de cancros é maior numa alimentação rica em carne, assim como a probabilidade de se ficar obeso. Cada vez que se come carne também se ingerem bactérias, antibióticos, dioxinas, hormonas e uma série de outras toxinas que se podem acumular no corpo e aí permanecer.



via Animais Excepcionais e GoVeg.com