Pode ser um cliché absoluto mas no caso de Margiela é plenamente justificado dizer que se trata do estilismo do estilismo. O seu trabalho é um estudo das roupas sobre as roupas. Nasceu em 1959, estudou na Academia Real de Antuérpia e fez parte da primeira geração de talentos a emergir desta cidade. De 1984 a 1987 foi assistente de Jean Paul Gualtier e em 1988 fundou a Martin Margiela Maison em Paris. Obcecado pelo processo e pelo acto de criar roupa acabaria por ficar rotulado como "desconstrutivista". Evita o culto da personalidade, não se deixa fotografar e não concede entrevistas na primeira pessoa, a "Maison Margiela responde às questões enviadas por fax. As suas peças têm etiquetas em branco para a linha de vestuário de senhora ou contem simplesmente um número, 6 para a linha básica de senhora, 10 para a linha de homem, 22 para o calçado, 13 para objectos e publicações, etc.